reprodução assistida

A evolução das técnicas de reprodução assistida configura um processo não linear, permeado por avanços e contradições,  diversifica arranjos familiares, reposiciona conexões genéticas e afetivas e suscita novos dilemas ético-jurídicos. O desenvolvimento biotecnológico fragmentou o trajeto reprodutivo, distribuindo-o em processos isolados, recombinados e tecnicamente supervisionados. Numa influência dialética sobre transformações socioculturais e científicas, essas práticas de saúde demandam uma análise que revise a interseccionalidade dos determinantes envolvidos, para que o progresso não seja imprudente ou excludente. A inovação biotecnológica deve servir à equidade e a justiça social, não como artefato de aprofundamento de desigualdades que deslocam a saúde reprodutiva de direito humano fundamental a privilégio. A evidência científica associada a gestão de custo-efetividade, oermitem que as escolhas sejam sábias, as intervenções eficazes e o cuidado acessível.